Atendimento Psicológico para Adulto

Muito antes dos efeitos da pandemia, o Brasil já era o País mais depressivo do mundo, com quase 6% da população atingida (5,8%), contra pouco mais de 4% (4,4%) da média global, segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde.

A depressão é a doença mais incapacitante para o trabalho e uma das causas mais comuns do comprometimento das relações familiares.

A escalada de adoecimento mental é crescente e veloz. Outra estatística preocupante é do índice de ansiedade. Mais de 9% (9,3%) dos brasileiros sofrem desse mal, isso sem considerar os casos subnotificados.

É muito comum que nem se saiba quais dos sintomas estão sendo percebidos, já que o estresse da vida cotidiana está cada vez mais elevado e os sinais parecem se misturar em nosso corpo: palpitações, tremores, dores de cabeça frequentes, insônia, distúrbios do apetite, cansaço exagerado, fadiga permanente, desmotivação para tarefas simples, irritabilidade, choro sem motivo, lapsos constantes de memória, baixa produtividade, isolamento e tantos outros alertas que passam desapercebidos por muito tempo como se fossem naturais. E não são!

A psicologia é uma das áreas mais procuradas nos últimos tempos. Por meio da terapia sistêmica o processo de reabilitação da saúde mental e emocional é feito de maneira integral, ou seja, contempla todas as esferas da vida adulta.

Se você está infeliz no trabalho, em conflito com a família ou crises existenciais, agende uma sessão com um especialista. Pode ser que a causa por trás de cada situação seja justamente o adoecimento mental, que provoca total desequilíbrio na regulação emocional.

Já foi o tempo em que falar sobre doença mental tinha a conotação de uma pessoa incapaz. Como vimos, os levantamentos mostram que o número de depressivos, ansiosos e estressados no Brasil e no mundo é crescente. Certamente bem perto de você existem muitos exemplos de indivíduos que precisam de atendimento para não chegarem a um estado paralisante.

Existem muitas linhas de trabalho, na abordagem sistêmica, o foco é o desenvolvimento da autonomia, o despertamento da consciência, a percepção crítica da autorresponsabilidade considerando escolhas e consequências, o melhor funcionamento individual e coletivo e principalmente a visão integral do sujeito, já que não somos feitos em caixinhas separadas. Isso significa que se uma das áreas da minha vida promove adoecimento, todas as outras são afetadas direta ou indiretamente.

Afinal, todas as nossas partes formam um todo, revelam quem somos. É como considerar essencial todas as peças de um quebra-cabeças para que a imagem esteja completa.

Na psicologia sistêmica, a terapia em adultos compreende os mecanismos que promovem dependência, independência e interdependência e considera que todas as relações importam. Trata-se de uma jornada de releitura e novas descobertas sobre todos os papeis desempenhados, as máscaras sociais e a genuína identidade de cada um na sua relação com o mundo.

A psicoterapia para adultos promove bem-estar, qualidade de vida e previne o agravamento do problema. É um processo de autoconhecimento que impacta de forma significativa nas relações pessoais, profissionais, conjugais e familiares.

Culturalmente, o entendimento sobre o papel de um profissional da Psicologia já evoluiu muito. Hoje, sabe-se que a oportunidade de um acompanhamento psicológico significa a chance de uma vida mais plena e feliz.

Atendimento Psicológico para Adolescentes

Essa é uma das fases mais desafiadoras da vida humana. Para quem está nela e aos espectadores mais próximos de quem vive o estágio de transição entre a infância e a juventude.

A incompreensão sobre a adolescência começa justamente no desconhecimento sobre a idade em que ela de fato começa. Para a lei, no que diz respeito ao cumprimento de medidas socioeducativas em correção aos possíveis delitos, ela começa aos 13 anos, de acordo com o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas para a Medicina, a adolescência começa muito antes, aos 9 anos de idade.

E quando ela termina? Seria na idade para o voto? Afinal, trata-se de uma escolha séria que pode definir a governança de uma sociedade. Seria na idade permitida para dirigir? Já que a condução de um veículo pode levar à morte do motorista ou de outra pessoa? Há quem diga que a adolescência acaba na maioridade penal, mas biologicamente, os estudos das Neurociências do Comportamento revelam que a função executiva, responsável principalmente pela tomada de decisões no nosso sistema cerebral só amadurece por volta dos 27 anos, convenhamos, uma idade em que já somos chamados adultos há muito tempo!

Tudo isso apenas para exemplificar que nem mesmo quanto tempo essa fase dura é uma compreensão que já faz parte do senso comum, daí começa a complexidade dessa etapa pela qual todos nós passamos em momentos históricos diferentes e, portanto, com dificuldades e facilidades distintas.

Quem é que nunca ouviu alguém dizer “aborrescente” como se fosse sinônimo para um adolescente? O que poucos se dão conta é de que a adolescência não é incompreendida apenas pelo entorno. O ser que está vivenciando todas as transformações corporais, com os hormônios fervilhando, os pensamentos acelerados e embaralhados, as emoções à flor da pele, os sentimentos confusos e por consequência, com os comportamentos oscilantes e intensos é quem mais sofre para compreender tantas mudanças.

O que parece preguiça ou pouco caso, desrespeito ou falta de empatia é uma letargia do corpo que leva um tempo maior para processar o nascimento da nova pessoa. Entre pelos e espinhas, tudo é demais: o sono, a fome, a pressa, o medo, a coragem, as opiniões.

Adolescentes voam em bando, procuram por pares, anseiam pelo pertencimento, buscam no mundo suas tribos, como se pudessem pinçar um pedaço de si em cada um que encontra pelo caminho. Ao mesmo tempo, desejam pela solitude sem suportarem a solidão, querem o isolamento, mas jamais serem isolados. Oscilam entre estar com a própria companhia e anseiam ser a presença mais desejada no grupo.

Na adolescência, uma imagem parece desengonçada diante do espelho e as percepções internas se projetam de maneira ainda mais disforme. Contrariar parece ser a regra, como se pudessem defender um território de ocupação no mundo. Crescer, acredite, dói neles. 

Compreender essa passagem e minimizar os comportamentos de risco que ela traz, como abuso de álcool, uso de drogas, as doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce, envolvimento com a criminalidade e todo tipo de adoecimento mental e emocional provocados pela baixa autoestima, sensação de menor valia ou falta de aceitação são essenciais para que a adolescência seja saudável.

É justamente nesses anos que os conflitos familiares levados por uma vida inteira se estabelecem. Na preparação para a vida adulta, autocuidado, autoconhecimento e autorresponsabilidade podem ser decisivos.

Se você está vivendo esse momento procure acompanhamento psicológico e descubra como preservar a integridade do adolescente e potencializar a descoberta sobre sua identidade de forma assertiva.

Atendimento Psicológico para Crianças

A infância é a fase mais longa da vida. A levamos para todas as outras. É nesta etapa que formamos o alicerce das nossas crenças de identidade, capacidade e merecimento, compreensões que afetam a jornada de desenvolvimento até a idade mais madura da vida.

Nesta etapa também ocorre a dissociação dos pais, momento em que a criança se percebe um ser único, com desejos próprios. Depois da fase autocentrada começam os moldes para a vida em sociedade e a primeira delas é a família.

A criança ganha percepções éticas no início da fase escolar e passa a ter uma visão mais crítica sobre os adultos que a cerca. Ela pode repetir padrões e modelar comportamentos aprendidos ou decidir confrontá-los desde cedo, o que costuma ser mais raro.

Muito do adulto que seremos está na criança que pudemos ser e neste sentido, a geração de nativos digitais ao mesmo tempo em que tem ganhos exponenciais no trato com a tecnologia perde o tato com as relações humanas e as conexões reais, se não forem incentivadas.

A psicologia infantil sistêmica considera o ambiente x as relações dessa criança e os impactos que o meio e os relacionamentos promovem nela. 

Uma etapa da vida marcada pelos episódios de medo e pela descoberta das muitas linguagens, quando ainda estão aprendendo a comunicar seus anseios e angústias. É quando manifestações de incômodos que não conseguem ser verbalizadas muitas vezes são confundidas com as chamadas birras ou malcriações.

A infância é uma missão e tem sido cada vez mais terceirizada às babás, escolas ou eletrônicos. A Educação Formadora – e não informadora – ou seja, aquela que aprendemos dentro de casa com os principais cuidadores tem sido negligenciada pela falta de tempo e pelo excesso de trabalho, na maioria dos casos. As consequências costumam ser o distanciamento, a oposição e um relacionamento entre pais e filhos que começa a ser comprometido numa idade precoce.

Os pais, que por consequência viveram uma educação parental tão diferente e geralmente mais severa oscilam entre a permissividade e a tirania, sem saberem a medida certa da correção e a maneira mais eficiente de condução.

Bater ou colocar de castigo? Gritar ou ignorar? Deixar ou proibir? São caminhos quase sempre dualistas e desesperadores. 

O fato é que a terapia não deve começar apenas depois que um problema já se estabeleceu. Essa área do conhecimento está a serviço da prevenção e da orientação, inclusive na criação dos filhos.

Crianças que são conduzidas com acompanhamento psicológico para a jornada do autoconhecimento tendem a ser adultos emocionalmente mais saudáveis e protegidos do adoecimento mental. Dados da OMS, a Organização Mundial de Saúde, estimam que a depressão infantil esteja estabelecida em pouco mais de 40% das crianças e dos adolescentes (43%). Um índice alarmante que tem levado aos comportamentos de risco com maior vulnerabilidade e feito das crianças vítimas de todo tipo de entorpecimento, já que buscam alguma forma de aliviar o sofrimento interno sem conseguirem expressar como se sentem.

O autoconhecimento é inclusive uma das dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas está longe de ser trabalhado profundamente nas salas de aula. Portanto a discussão precisa estar na sala de casa, a escola, a família e os psicólogos especializados estão preparados para acolher as dificuldades e conduzir esse processo.

Ninguém nasceu pai e mãe, mas todos nasceram filhos. Isso é significativamente suficiente para compreender que essa primeira ocupação na vida, sermos filhos, deve ser plena para que as outras aconteçam com o máximo das potencialidades humanas. 

Terapia de Casal

O número de divórcios é exponencial nos últimos anos. Hoje em dia quem permanece no primeiro casamento é uma minoria e entre esses poucos, raros são os que desfrutam de um relacionamento conjugal emocionalmente saudável.

As disfunções mais comuns de um casamento são o excesso de crítica, a defesa constante, a obstrução de escuta que impede o diálogo, a comunicação violenta, que muitas vezes se manifesta também no silêncio, as divergências sobre o uso do dinheiro, as discordâncias na criação dos filhos e não menos importante, a ausência de intimidade, na qual estão inseridas muitas faltas: de sexo, de cumplicidade, de tempo de qualidade dedicado ao outro e de liberdade para ser que se é de verdade.

Quando o divórcio vira um documento, a separação já começou anos antes. Alguns sinais aceitos como “normais” num relacionamento afetivo deveriam servir como verdadeiras sirenes de alerta: quando a conversa vira uma mera troca de informações sobre o que será feito para o jantar, se a conta de luz já foi paga, quem vai buscar ciclano ou levar fulano e por aí vai.

É geralmente no casal que as disfunções de uma família começam. Muitas vezes nos pais está a cerne dos conflitos que são refletidos nos filhos. Há quem viva anos a fio, em sofrimento, relações extraconjugais ou omissões com a meta de esperar os filhos crescerem, ganharem mais autonomia e aí se libertarem um do outro. Quem vive assim acredita fazer bem para as crianças e aos adolescentes, mas ao contrário, ensina um modelo fracassado de convívio amoroso.

O triângulo amoroso mais comum num casamento em conflito é perceber que o casal ocupa uma das três pontas da triangulação: se coloca como vítima, as vezes vira o algoz e de repente pode desejar ser o salvador ou a salvadora de todos.

A terapia de casal devolve a identidade singular perdida para cada um e paralelamente resgata o significado daquela união. Até para o divórcio é preciso estabelecer uma relação consensual e amigável, ou seja, o fim de um processo com absoluta entrega de ambas as partes é sempre o início de uma vida com mais dignidade.

Discussões, agressões verbais e psicológicas, silêncios mortais, perda de vínculo, esfriamento, traições, desconfianças, ciúmes, presenteísmo, quando a pessoa está só de corpo presente e tantas outras queixas comuns nos relacionamentos a dois são alguns elementos de trabalho na Terapia Sistêmica de Casais.

Nós somos seres relacionais e as pesquisas longitudinais mais robustas sobre o comportamento humano comprovam que os relacionamentos impactam na saúde, no bem-estar e até na longevidade, como nenhum outro fator externo é capaz.

O atendimento considera cada uma das partes em sua integralidade e tem como objetivo central o reconhecimento de dois indivíduos que precisam ser considerados em suas necessidades emocionais e psicológicas.

Se o seu casamento está em risco, não espere pelo fim antes de saber quais são os meios. Muitas vezes a ausência de autoconhecimento compromete os relacionamentos.

Casais felizes produzem mais e melhor, tem filhos emocionalmente mais estáveis, conquistam melhores resultados, são mais saudáveis em todos os sentidos e possuem uma percepção mais clara sobre o próprio sentido existencial.

Orientação Familiar

Não importa qual é o seu modelo de família, ela é uma engrenagem de muitas peças e se apenas uma delas deixa de funcionar, todo o sistema fica prejudicado.

Na orientação familiar, o olhar é para o todo e a compreensão ao mesmo tempo em que se faz de forma sistêmica não anula o reconhecimento de nenhuma parte, como única e essencial.

Neste processo, o psicoterapeuta atende pais ou principais cuidadores e os outros membros da relação familiar que precisa de condução psicológica, como por exemplo, os filhos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos.

Muitas vezes o atendimento é em grupo, ou seja, todos compartilham do mesmo espaço e tem o seu discurso externalizado a medida em que são encorajados para isso. A orientação psicológica familiar sistêmica prevê sempre uma mediação de conflitos com acordos respeitosos entre todas as partes para que o conjunto de pessoas unidas por um vínculo afetivo consiga conviver com maior harmonia e funcionalidade.

Questões individuais que afetam todas as partes e coletivas são tratadas tendo cada um como protagonista do processo. Neste acompanhamento psicológico, todos são importantes para a promoção da saúde e do bem-estar em família.

Todos os desafios enfrentados por uma família podem ser temas para a orientação familiar, desde questões aparentemente mais simples que impactam no convívio de todos até problemas mais complexos como vícios, agressões e outras formas de abuso.

O estilo parental dos pais costuma ser determinante para as dinâmicas familiares. O comportamento dos filhos na maioria dos casos é o resultado de como as relações foram moldadas a partir de um determinado estilo de criação.

Habilidades relacionais e socioemocionais são aplicadas e desenvolvidas pela família, de forma colaborativa. Um dos objetivos é despertar a consciência de que as ações de um podem refletir nas reações de outros, já que as respostas dependem de estímulos.

O primeiro meio de convívio mais influente da criança é a convivência familiar, portanto, sanar os conflitos deste primeiro ecossistema é fundamental na promoção de uma vida mais equilibrada no futuro.

A orientação psicológica familiar se aplica quando as relações estão fragilizadas e os vínculos emocionais comprometidos em razão da conduta dos integrantes daquele núcleo. Entre as principais dificuldades se destacam: opiniões divergentes, abusos físicos ou verbais, comprometimento da autonomia, proibições exageradas, punições desproporcionais, chantagens emocionais, críticas exacerbadas, invisibilidade, que é a desconsideração de um dos membros como pessoa, questões cotidianas de colaboração, permissividade, autoritarismo, quebra da confiança, brigas constantes, silêncios nocivos e muitas outras ameaças.

Onde há pessoas em convívio, há desafios. Não importa se o vínculo é consanguíneo ou emocional. Se convivermos bem em família, certamente seremos seres mais sociáveis do lado de fora também.

A orientação familiar promove a restauração das relações mais importantes na história de uma pessoa. Se você percebe que a sua família tem comportamentos disfuncionais, relacionamentos tóxicos, dinâmicas abusivas, conflitos entre pais e filhos, brigas constantes entre irmãos, vínculos comprometidos e está vulnerável, procure ajuda especializada profissional. O projeto mais relevante de um ser humano é estar em paz com seu ponto de origem e a continuação da própria existência, isso só é possível em uma família preservada. Todas as partes importam.

Psicologia Judiciária

Essa é a área que atua em colaboração com a Justiça para a resolução de litígios que impactam diretamente na vida dos envolvidos, como por exemplo, a disputa pela guarda dos filhos, o tipo de guarda, se compartilhada ou unilateral, casos de alienação parental, quando um dos progenitores desqualifica o outro ou impede a convivência dos filhos com um dos pais, violência doméstica que envolvem medidas protetivas como visitas assistidas, risco à criança por parte de um dos progenitores antes da determinação pelo afastamento, abusos físicos, verbais, psicológicos ou patrimoniais, divórcios conflituosos e outras questões complexas e polêmicas que dependem da análise psicológica para a melhor definição legal.

O Direito e a Psicologia se aproximaram em razão da preocupação com a conduta humana diante da preservação dos direitos psicológicos de cada um. A entrada oficial da Psicologia nos ambientes da lei se deu em meados de 1985, quando ocorreu o primeiro concurso público que admitiu psicólogos em quadros jurídicos para a elaboração de psicodiagnósticos, dos quais, as instituições judiciárias passaram a se ocupar desde então. 

Com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, em 1990, o Juizado de Menores passou a ser chamado de Juizado da Infância e da Juventude e o trabalho dos psicólogos foi ampliado para uma participação ainda mais expressiva na esfera judiciária.

A Psicologia Judiciária é uma área de especialização que cumpre normas e regras criteriosas determinadas tanto pelo Conselho Profissional e órgãos da Justiça para execução de perícias, acompanhamentos para avaliações psicológicas e aplicação de medidas de proteção ou socioeducativas.

O psicólogo judiciário é o especialista que elabora laudos, pareceres e relatórios que posteriormente serão submetidos para a avaliação dos magistrados, que se configuram como peças essenciais para decisões judiciais num processo, especialmente da Vara da Família.

Nesta atuação, os psicólogos podem recomendar soluções para os conflitos apresentados, mas jamais possuem autonomia para determinar os procedimentos jurídicos que serão adotados.

Quando o Direito da Família, o Direito da Criança e do Adolescente, o Direito Civil, o Direito Penal ou até mesmo o Direito do Trabalho estão ameaçados e dependem da análise psicológica para configurar uma acusação ou uma defesa, a Psicologia Judiciária é a área especializada que atua, considerando sempre as necessidades de cada indivíduo envolvido na questão.

Nem sempre a Psicologia Judiciária é contratada depois de um processo estabelecido, em alguns casos, ela pode ser justamente o ponto de partida.

Neuropsicologia

Uma das principais definições para a Neuropsicologia é de que essa ciência está dedicada a estudar a expressão comportamental das disfunções cerebrais. Ou seja, por meio da Neuropsicologia é possível compreender a origem de determinados comportamentos e identificar se eles decorrem de uma maneira atípica do sistema cerebral funcionar.

Na avaliação neuropsicológica é possível investigar o funcionamento neurológico por meio de um estudo comportamental. É por meio desta avaliação que são identificados transtornos e déficits cognitivos ou intelectuais.

É possível detectar disfunções em estágios iniciais e a grande vantagem deste auxílio para a composição de um diagnóstico é a busca precoce por um acompanhamento que potencialize as capacidades de cada um.

 

Quando a escola percebe alguma dificuldade acentuada de aprendizagem pode sugerir que a família faça uma avaliação neuropsicológica, assim como, pediatras e outros profissionais da saúde ao perceberem um desenvolvimento acima ou abaixo dos marcos. Apesar de ser feita com maior frequência em crianças, a avaliação neuropsicológica também é uma ferramenta disponível para adultos que percebem disfunções ocupacionais pela maneira com que aprendem e executam diferentes funções.

 

A avaliação neuropsicológica contribui para o planejamento do tratamento, o acompanhamento da evolução de um determinado quadro de saúde mental em relação aos tratamentos medicamentosos e até mesmo a necessidade de um processo de reabilitação após procedimento cirúrgico, por exemplo.

 

Diferentemente da avaliação psicológica, o laudo neuropsicológico tem o sistema cerebral como ponto de partida. Analisa cuidadosamente como o funcionamento deste sistema reage aos testes de diferentes áreas.

São analisadas as capacidades de atenção, memória, julgamento, raciocínio, comportamento, concentração, retenção de conteúdo, processamentos, formas de aprendizado e a identificação de outros mecanismos que poderão ser típicos – convencionais, ou neuro atípicos, diferentes da maioria.

É o profissional especializado em Neuropsicologia quem tem habilitação de relacionar cognição, emocionalidade, personalidade e comportamento com funções cerebrais.

 

O estudo detalhado dos sistemas nervoso central e periférico associado à análise de comportamentos e processos psicológicos pode indicar por exemplo um determinado grau de TEA, o Transtorno do Espectro Autista ou TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ou mesmo a Dislexia, por exemplo.

 Quando qualquer função executiva demonstra comprometimento nas funções ocupacionais ou se algum comportamento afeta o convívio social podem ser indicações da necessidade de uma avaliação neuropsicológica.

Psicopedagogia

A psicopedagogia é a área do conhecimento que estuda a aprendizagem dos seres humanos. Essa ciência se dedica a compreender como os indivíduos aprendem, quais as dificuldades podem surgir nesse processo e como potencializar o aprendizado.

Entender como uma pessoa aprende é importante para a construção das práticas de ensino e para auxiliar aqueles que apresentam alguma dificuldade em adquirir novos conhecimentos.

Para a psicopedagogia, a aprendizagem é um ato complexo, que envolve condições cognitivas, sociais e afetivas, não menos importantes. Isso significa que além dos aspectos biológicos que podem incluir algum distúrbio como dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, por exemplo, se faz necessário compreender quais são os contextos social e cultural nos quais o aluno está inserido e como são as relações familiares dele.

O profissional especializado em Psicopedagogia maximiza as chances de aprendizagem dos indivíduos mais distintos com o uso de recursos personalizados.

É possível atuar de forma preventiva ou terapêutica. Na psicopedagogia clínica por exemplo, acontecem os atendimentos individualizados em consultórios ou clínicas hospitalares, quando os distúrbios ou dificuldades de aprendizagem já foram identificados e as intervenções precisam ser pontuais.

O psicopedagogo pode atender em domicílio ou em unidades escolares e tem como principal objetivo minimizar os desafios de aprendizagem que podem estar relacionadas à impossibilidade ou dificuldade em aprender conteúdos, a lentidão na aprendizagem em relação aos demais e mesmo a falta de interesse no aprendizado.

No atendimento clínico, o profissional busca compreender como são as relações familiares e sociais daquele indivíduo e o que aconteceu em cada etapa de sua vida. Conhecer o contexto em que está inserido o ajuda a identificar as possíveis causas das dificuldades de aprendizado.

O tratamento clínico acontece na forma de terapia e tem como objetivo oferecer caminhos alternativos e a construção de novas trilhas neurais para que as barreiras de aprendizagem sejam ultrapassadas e o desenvolvimento seja potencializado.

A dificuldade de aprendizagem envolve não somente aspectos pedagógicos, mas o ser humano como um todo em amplo aspecto, já que a aprendizagem na vida humana é uma constante que inicia antes da trajetória escolar e continua na vida profissional ou mesmo depois dela.

Graças à neuroplasticidade, capacidade do nosso cérebro de formar novas conexões e encontrar recursos de aprendizado, é possível evoluir com os estímulos certos e proporcionar uma maior qualidade de vida e bem-estar especialmente para as crianças, que muitas vezes são vítimas de bullying e rejeição justamente por aprenderem de forma atípica.

Já está comprovado que o ser humano não aprende de forma hostil. O cérebro com medo mantém o sujeito em estado de hiper vigilância e deste modo o conhecimento retido não tem a mesma qualidade de quando o aprendizado é um processo que integra afeto, acolhimento e respeito às especificidades de cada um.

Dificuldades escolares muitas vezes são pré-julgadas como preguiça, desleixo, desinteresse ou qualquer outra definição que provoca uma consequência ainda pior na criança, no adolescente, no jovem ou no adulto que apresenta uma maneira particular de aprender, a baixa autoestima. O sentimento de incapacidade pode se transformar num limitador e no gatilho para outras disfunções que estão além do cognitivo e afetam a saúde mental e emocional.

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